VAMOS GRITAR BEM ALTO: NÃO À DESIGUALDADE! NÃO À VIOLÊNCIA!
Para resistir é preciso: intensificar a luta diária para superar desigualdades, preservar direitos e combater a violência e o feminicídio.
O Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, filiado a NCST/RJ, soma sua voz em defesa das mulheres, em particular das mulheres trabalhadoras rodoviárias nesse 8 de março de 2020. Apoiamos as palavras do manifesto nacional das mulheres da NCST que registra os avanços da luta feminista e da necessidade de resistência nesse momento histórico:
Nesse ano de 2020, a luta mundial das mulheres comemora 25 anos da aprovação da Plataforma de Ação de Pequim, o roteiro mais progressista para o empoderamento das mulheres até hoje aprovado pela ONU – Organização das Nações Unidas. Esse avanço ocorreu no ano de 1995 na 4ª Conferência Mundial sobre Mulheres, que apesar dessa vitória e da conquista no esforço de ampliação e manutenção de direitos na busca pela igualdade de gênero, o consenso atual é de que, independentemente dos progressos alcançados, as mudanças reais têm sido muito lentas para a maior parte das mulheres e meninas ao redor do mundo. Segundo a ONU, hoje nenhum país pode afirmar que alcançou a igualdade de gênero. Inúmeros obstáculos permanecem inalterados na lei e na cultura desses países, dificultando as transformações necessárias à promoção da igualdade. Mulheres e meninas continuam desvalorizadas; trabalham mais; ganham menos; possuem menos opções; e experimentam múltiplas formas de violência, tanto no âmbito doméstico como nos espaços públicos. Além da lentidão no avanço de direitos há uma
significativa ameaça de retrocesso nos direitos duramente conquistados.
No Brasil, a exemplo, a redução no orçamento direcionado às políticas públicas para mulheres tem como consequência o aumento da violência, e os casos de feminicídio, assassinato de mulheres por violência doméstica ou por discriminação de gênero tem cada vez mais ocupado espaço na grande mídia, sem que ocorram medidas suficientes para inibir esses acontecimentos.
O Sindicato dos Rodoviários do Rio apesar de todo cenário desfavorável, acredita que a continuidade das denúncias dessa e das demais tragédias brasileiras – como as vivenciadas no dia a dia pelos trabalhadores de forma geral, e pelos rodoviários em particular, fortalece a luta e acumula no combate ao retrocesso de direitos.
Continuaremos firmes enquanto movimento sindical, nas ruas com as mulheres, os trabalhadores e os movimentos sociais. Só há um caminho: a luta sem trégua! OUSAR LUTAR! OUSAR VENCER!
Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro
Sebastião José – presidente